sábado, 27 de novembro de 2010

Do nada ao receio

Do nada ao receio
é alto o seu percentual de problemas
e você não precisa da lógica pra saber
alto nível
de sangue e massa encefálica
pense demais e o poema te estraga
guarde demais
do vazio ao nada .
Porque só quando soube
prestei atenção
da didática avançada
dos que vivem na escuridão
rimando letras com bordas de pia,
te assusto e tu sangras vazia
pede da dor
e ela te dá mais que o perdão
enquanto te afastas
me assalto
essa é a minha extensão
e alto é o muro do meu dilema
pois nem juntando 1 consoante e 2 tremas
você não calcula 1/3 da imensidão.
Por acordar-te,entenda bem,
não sou eu quem faz o dia
e rimas patéticas
que em seu esplendor não pedem
olhar faminto da arte abstrata
vazio do oblíquo
confuso do obtuso
melhor que não ser Nada.
Essa coisa do passar de ano
hoje acordei meio dadá
-ísta - ego - ísta - dada - ísta
rima tosca não insista.
Leia o letreiro e não perturbe a porta
por mais torta que ela seja
por mais porta que ela seja
por mais porca que ela seja .
Pronto estou de novo, rimas e assobio
Mas, o que melhor que o vazio
pra rimar comigo?
Vou entregar a arte ao coro dos Ser-não
Aquela coisa que junta
que é pra dentro sem norte
aquela coisa da sorte
sorte que não abunda
rimas em cordel
um laço
enrosco ouro
paladar de fino trato
sem linha
e preciso de um final decente pra esse poeminha .

A dor é uma angústia sem copo
de cerveja, vinho ou caipirinha .









A dor é uma angústia sem corpo .

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