a lágrima,
ponto por ponto
o mundo tem quase tudo
quase tudo-inteiro
uma porcaria sem relutância.
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Passeio ID
Cemitério de mundos
eu sou
um mundo,um surdo
eu sou
um corvo,uma trova,
eu sou,
um carinho,um silêncio
eu sou
eu havia havido
eu sou
eu comia caminhos
eu sou
contando caroços,catando destroços
eu sou
comendo uma parte do mundo cão
eu sou
a leve estatura do coelho-sonho
eu sou
o mundo-bastante,o mundo-senão
eu sou
a cara encerada do velho que passa
eu sou
a bala perdida no peito enterrada
eu sou
o coração difuso que arma mais nada
eu sou
um monte de gente caindo serpente acima do chão
e não vou ser mais nada
canto outro
Eu sou-não.
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
esse parece ser coisa.
eu vou morrer à pranto podre
eu vou vigar vida e sabores
onde vazo e desperdiço
um limo,
fruto sem viço
uma noite infestada de senão
infinitamente muda
cinicamente só e surda
viva em morte
morta em pão
aquela coisa no metro que resta
só,ponta de uma aresta
mentindo até pra solidão
causando parafuso
metendo à medo o mundo
amante do bicho-papão.
eu vou vigar vida e sabores
onde vazo e desperdiço
um limo,
fruto sem viço
uma noite infestada de senão
infinitamente muda
cinicamente só e surda
viva em morte
morta em pão
aquela coisa no metro que resta
só,ponta de uma aresta
mentindo até pra solidão
causando parafuso
metendo à medo o mundo
amante do bicho-papão.