quarta-feira, 24 de outubro de 2012
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
terça-feira, 16 de outubro de 2012
sábado, 13 de outubro de 2012
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
A chegada da caixa de abelhas - poema de Sylvia Plath
''
Encomendei esta caixa de madeira
Clara, exata, quase um fardo para carregar.
Eu diria que é um ataúde de um anão ou
De um bebê quadrado
Não fosse o barulho ensurdecedor que dela escapa.
Está trancada, é perigosa.
Tenho de passar a noite com ela e
Não consigo me afastar.
Não tem janelas, não posso ver o que há dentro.
Apenas uma pequena grade e nenhuma saída.
Espio pela grade.
Está escuro, escuro.
Enxame de mãos africanas
Mínimas, encolhidas para exportação,
Negro em negro, escalando com fúria.
Como deixá-las sair?
É o barulho que mais me apavora,
As sílabas ininteligíveis.
São como uma turba romana,
Pequenas, insignificantes como indivíduos, mas meu deus, juntas!
Escuto esse latim furioso.
Não sou um César.
Simplesmente encomendei uma caixa de maníacos.
Podem ser devolvidos.
Podem morrer, não preciso alimentá-los, sou a dona.
Me pergunto se têm fome.
Me pergunto se me esqueceriam
Se eu abrisse as trancas e me afastasse e virasse árvore.
Há laburnos, colunatas louras,
Anáguas de cerejas.
Poderiam imediatamente ignorar-me.
No meu vestido lunar e véu funerário
Não sou uma fonte de mel.
Por que então recorrer a mim?
Amanhã serei Deus, o generoso – vou libertá-los.
A caixa é apenas temporária. ''
Encomendei esta caixa de madeira
Clara, exata, quase um fardo para carregar.
Eu diria que é um ataúde de um anão ou
De um bebê quadrado
Não fosse o barulho ensurdecedor que dela escapa.
Está trancada, é perigosa.
Tenho de passar a noite com ela e
Não consigo me afastar.
Não tem janelas, não posso ver o que há dentro.
Apenas uma pequena grade e nenhuma saída.
Espio pela grade.
Está escuro, escuro.
Enxame de mãos africanas
Mínimas, encolhidas para exportação,
Negro em negro, escalando com fúria.
Como deixá-las sair?
É o barulho que mais me apavora,
As sílabas ininteligíveis.
São como uma turba romana,
Pequenas, insignificantes como indivíduos, mas meu deus, juntas!
Escuto esse latim furioso.
Não sou um César.
Simplesmente encomendei uma caixa de maníacos.
Podem ser devolvidos.
Podem morrer, não preciso alimentá-los, sou a dona.
Me pergunto se têm fome.
Me pergunto se me esqueceriam
Se eu abrisse as trancas e me afastasse e virasse árvore.
Há laburnos, colunatas louras,
Anáguas de cerejas.
Poderiam imediatamente ignorar-me.
No meu vestido lunar e véu funerário
Não sou uma fonte de mel.
Por que então recorrer a mim?
Amanhã serei Deus, o generoso – vou libertá-los.
A caixa é apenas temporária. ''
quarta-feira, 11 de julho de 2012
segunda-feira, 2 de julho de 2012
Um prato de angústia
O que eu quero dizer comigo
não passa do instante
que não existe
coeficiente para fracos.
Caduco à espera do verso
que sai torto de antemão.
Não vago,enleio
melo,
sobejo,
boca suja no chão.
Controlo uma mente
sem antecedente
espero dormente
uma rima
que me acrescente
um pouco mais
nisso que não sou.
Um prato de angústia
perfeito e quente
é o meu coração.
Que rima pequena
sem cacife,tosca.
De um lado que ilumino
Esquivo o que sou.
não passa do instante
que não existe
coeficiente para fracos.
Caduco à espera do verso
que sai torto de antemão.
Não vago,enleio
melo,
sobejo,
boca suja no chão.
Controlo uma mente
sem antecedente
espero dormente
uma rima
que me acrescente
um pouco mais
nisso que não sou.
Um prato de angústia
perfeito e quente
é o meu coração.
Que rima pequena
sem cacife,tosca.
De um lado que ilumino
Esquivo o que sou.
quinta-feira, 21 de junho de 2012
quarta-feira, 20 de junho de 2012
Meu grande desafio
você acha um bom colo na morte,
tentativa sem suspeita
insuspeita reza
que é quando o gesto não tem mais observação,
afago a coisa sem letra
divergindo espécies
mas a meta atrás disso
vem pra ser(mais do que bonito)
passo,dança,ou condecoração,
o isso,o isso, a sombra,
a noite,a faca,a carne,a esmola,
o povo aturdido e as noites sem ânsia
querendo distância de mim...
Meu umbigo...(cresce esperança!)
de não me ter parido...
eu(a noite importunando as cerejas)...
mas olho, e o espaço é ínfimo...
ínfima loucura da gentileza.
Meu grande desafio.
tentativa sem suspeita
insuspeita reza
que é quando o gesto não tem mais observação,
afago a coisa sem letra
divergindo espécies
mas a meta atrás disso
vem pra ser(mais do que bonito)
passo,dança,ou condecoração,
o isso,o isso, a sombra,
a noite,a faca,a carne,a esmola,
o povo aturdido e as noites sem ânsia
querendo distância de mim...
Meu umbigo...(cresce esperança!)
de não me ter parido...
eu(a noite importunando as cerejas)...
mas olho, e o espaço é ínfimo...
ínfima loucura da gentileza.
Meu grande desafio.
terça-feira, 19 de junho de 2012
Sem teorias
O que parece ser
se retém no presente.
É isso que chamamos de desgosto
com gosto
encardido na boca
analfabeta e pouco civilizada
da dor.
se retém no presente.
É isso que chamamos de desgosto
com gosto
encardido na boca
analfabeta e pouco civilizada
da dor.
domingo, 17 de junho de 2012
sábado, 9 de junho de 2012
sexta-feira, 8 de junho de 2012
terça-feira, 5 de junho de 2012
Insípida
Sem
sabor
estou.
Mais morta
do que a própria
morte.
Crime e castigo.
Antecedente específico.
Não quero,
mas levo isso comigo.
sabor
estou.
Mais morta
do que a própria
morte.
Crime e castigo.
Antecedente específico.
Não quero,
mas levo isso comigo.
quinta-feira, 31 de maio de 2012
Hipérbole suave
Desafio a verdade
atenta aos fracassos
que ela compõe.
Contaminada de sentidos.
Sem sentidos.
Hipérbole suave.
Que faz disso
grande coisa.
atenta aos fracassos
que ela compõe.
Contaminada de sentidos.
Sem sentidos.
Hipérbole suave.
Que faz disso
grande coisa.
segunda-feira, 28 de maio de 2012
sábado, 26 de maio de 2012
Pouco
Quero dormir
em um grande domingo
da minha vida.
Onde eu não possa
nem pouse.
Onde o critério da dor
não seja mais a dúvida.
Onde sem mim
eu possa pedir
perdão por isso.
Velho afetado,
testamento em Vida,
grande e mulambento.
em um grande domingo
da minha vida.
Onde eu não possa
nem pouse.
Onde o critério da dor
não seja mais a dúvida.
Onde sem mim
eu possa pedir
perdão por isso.
Velho afetado,
testamento em Vida,
grande e mulambento.
domingo, 20 de maio de 2012
sábado, 12 de maio de 2012
''A Vida é Dor. Quem deseja, sofre; quem vive, deseja; a vida é dor. Quanto mais elevado é o espírito do homem, mais sofre. A vida não é mais do que uma luta pela existência com a certeza de sermos vencidos. A vida é uma incessante e cruel caçada onde, às vezes como caçadores, outras como caça, disputamos em horrível carnificina os restos da presa. A vida é uma história da dor, que se resume assim: sem motivo queremos sofrer e lutar sempre, morrer logo, e assim consecutivamente durante séculos dos séculos, até que a Terra se desfaça. '' - Arthur Schopenhauer