sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Fluxo de consciência - parte 5

Junto os pontinhos dessa coisa toda. Há mais no Universo propriamente dito. Licença poética e contra-senso. Preciso ser o sentido seco que te cerca. Uma palavra semi-aberta. É lento e desumano o mundo em que amamos. Ardor em ver-te.
Preciso existir-você para ser-eu.
Calígula da minha sorte. Há no desânimo algo que amarro. Fogo,combustão. Toda esta história inventada, tudo que caminha-deserto. O que é veneno, morto está. À mais antiga injúria te juro. Não te quero à tira-colo, futuro enluarado, prateado. Não! Te quero à sorte e tudo! Te quero à amor e mundo! Te quero para parar de te querer. Te quero no instante-que-é-sofrer. Toda aquela coisa junta. Te quero livro na estante para te ler à bel-prazer. Te quero analfabeto de amar. Te quero para te curar. Te quero para não-ser. Pois bem sei do teu modo vida-e-gesto. Te quero ingratidão e desafeto. Te quero grave, ferido e complexo. Todo exceção de uma regra confusa. Desmente que precisa! Essa coisa batida de usar o que não se usa! Te quero adormecida de sacrilégio. Te quero até onde a rima não vai. Repleta de amor ela ainda se sustenta. E vai.

Um comentário:

Wanderley Elian Lima disse...

Oi Naná
Simplesmente o quer incondicionalmente. Pleno
Bjux

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