quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Pão

O belo... do papel disperso. Tanta coisa passada à letra. A única felicidade que existo é isso. O que eu começaria seria borda doce. Irrelevante e pequena. Porque eu quero o imenso mundo ouvindo-me, dando à minha existência segundo de atenção. Parando supermercado de receber pão. O que eu filmei por minha conta e risco. Escrevo isso e minha garganta dói. O que eu queria nisso não foi querido. Um vinho polido de etcétera e tal. Os grandes remorsos do planeta-eu... pré-existentes me consomem fraco. Havia dormido e dormido. Passei a vida dormindo e só agora acordei, só que acontece, que não apetece, à coisa, se fazer tema da minha existência(?). Dormi valentia, acordei covardia, bom bordão pra açúcar e pão. Quem vai dizer o que é melhor pra minha poesia? Havia um porteiro ao pé disso tudo. Ele se chamava Lúcido. A caverna ao seio ancorado. As luvas, as dores, a fisioterapia, nada disso servia à Lúcido. Lúcido era um cara cheio de si,não se perturbava pois se bastava, se bastava alimento... um dia morreu de tanto comer. Meu pai saía, e se dividia, meu pai procurava do cristal a cor. Eu sabia que ele existia, eu o via, ele comia no prato onde se afogou. Minha mãe uma humana presente, presente de casca, não de coração. Minha mãe tem aquilo que pára, minha mãe não dá tudo ao nada. Uma estranha conjugação. Meu irmão come alarido, meu irmão olhar-compaixão, meu irmão quer buscar mil caminhos, destino florido na palma da mão. Minha irmã é uma rosa-perdão, uma borboleta atrapalhada, mas tem coração. Se tem e pra doce se veste. Quem olha não diz que passamos escuridão. Quem olha não vê tanta palavra, não consigo cabide pra pendurar tanta mágoa, tanto riso, tanto choro do cão. Alguns acham que um comprimido resolve. Outros,uma bíblia na mão. Outros um verso, uma prosa... Eu? vida que quero perdão.

Um comentário:

Aldrin Iglesias disse...

Texto bastante bruto, difícil...

Abraços, Naná
=)

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