terça-feira, 3 de agosto de 2010

Alone,alone

eu quero entender a coisa,
aonde ela se veste,
o por trás do isso,
o olho,
onde ela der mais substância
quero ouro pra canção
adivinhação
não percebendo
que eu já estive,
mas onde você não vai
eu tiro de letra,
sopas de letrinhas
dúvidas vovózinhas
olho claro da canção.
E penso nisso
e peno aquilo
o sangue dói
e o preto existe,
que é mais café em riste,
do que essa tua cara de cristão.


alinhando sapatos,cativos retratos
eu não voto,eu não rezo,
eu não limito a minha companhia
à um cardume flácido.


isso muito aonde vive,
é lugar onde não estive
eu resseco
(perverso)
meu universo
à preço de dúvida
endivido a noite
(um céu de poemas)


e mantenho,casto o disco
poemas duplicados
sempre a mesma revolta
sempre a mesma resma,
de papel,mal-disposta


eles me pregam à vil esporte,
traçam o voto,
odeio isso!
vou vetar enquanto posso
meu encontro com o espelho.
[Escaravelho,
demônio encharcado.]


minha mãe tem prego solto
às vezes me olha
(com cara de mil vontades)
poltergeist de meia-idade.


acha que anda e protege
as horas,
ela herege...
tão senhora!


a epopéia aqui escrita
você nunca vai ver em sua vida


ela queimou caneta
deitou veludo
e amassou pão

quero que ele desencoste
que durma no não


palavras...palavras coloridas...
no caderno de colorir que não diz nada
olho,abuso,cuspo
venço...






alone,alone
days in days
if you cannot say
i cannot play

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